14 de novembro de 2016
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no último ano, aproximadamente 2 milhões de pessoas deixaram de ser beneficiárias de planos de saúde privados e voltaram a depender exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), que já sofre com falta de recursos, superlotação e longas filas de espera.
No país, a maior parte dos planos de saúde corresponde aos coletivos, categoria em que a modalidade empresarial é a mais numerosa — e esta é justamente a fatia mais afetada hoje em dia.
O desemprego é um dos maiores motivos para a queda no mercado de planos de saúde, já que 66,27% dos contratos são empresariais. Entre dezembro de 2014 e abril de 2016 (dados mais recentes), a taxa de desemprego no Brasil saltou de 6,5% para 11,2%.
Para complicar a situação do usuário de plano de saúde, que convive com redução da renda e também do desemprego, no dia 6 de junho, a ANS autorizou o reajuste de até 13,57% nos planos de saúde individuais e familiares. O percentual, válido para o período de 1º de maio passado a 30 de abril de 2017, atingiu em torno de 8,3 milhões de beneficiários, cerca de 17% dos consumidores do país.
Sem emprego em uma economia em recessão, a população fica cada vez mais sem recursos para contratar um plano de saúde particular.
O SUS, que historicamente já sofre para atender à demanda de pacientes com uma verba insuficiente, deve prestar serviço para quase 2 milhões de pacientes a mais.
Fonte: SIMERS