29 de agosto de 2016
Com a recente crise financeira e política que o Brasil atravessa, diversos mercados têm apresentado sinais de instabilidade.
Um deles, o de planos de saúde, que atende 25% da população, nunca teve uma perda tão grande de clientes enquanto seus custos crescem continuamente.
Apenas em julho, o déficit foi de 156,5 mil beneficiários (0,32%). Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), desde dezembro de 2014, mais de 2 milhões de usuários brasileiros deixaram de contar com os convênios médicos.
Com a dificuldade de acesso aos planos privados, a população se tornou ainda mais dependente do SUS. Além disso, os que deixaram de contar com os planos empresariais coletivos (cerca dois terços do total) enfrentam grandes desafios para encontrar planos individuais, que são cada vez mais onerosos e menos comercializados, pois sofrem uma maior restrição do órgão regulador.
Soma-se a esse cenário o fato de que as famílias gastam mais em saúde do que o próprio governo. Segundo o IBGE, ano passado, o consumo de bens e serviços de saúde representou 8% do PIB.
O orçamento familiar brasileiro pesou com os custos de R$227,6 bilhões(4,3%). A maior fatia disso é para pagar os planos de saúde. Já o custo do governo, foi de R$190,2 bilhões (3,6% do PIB ou 18,9% do montante de suas despesas).
Os gestores da saúde brasileira estão debatendo formas de otimizar a gestão, diminuindo custos. Isso é muito complicado no Brasil, onde a corrupção é endêmica.
Segundo Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) o problema principal está nos recursos para hospitais:
“Na verdade, é resolver principalmente o modelo de remuneração dos hospitais. Há muitos anos no Brasil eles são remunerados por serviço, a chamada conta aberta (“fee for service”), que incentiva a sobreutilização, o desperdício. Existem várias falhas de mercado, falta de transparência em toda a cadeia de serviço privada”.
PLANOS POPULARES
Tudo isso fez com que o Ministério da Saúde passasse a discutir a criação de “planos populares”. Esse modelo de saúde funcionaria com uma reformulação dos planos privados de saúde voltados para a população com menor poder aquisitivo.
Segundo uma pesquisa encomendada para a área, 74% das pessoas pesquisas não tem convênio porque não podem pagar.
CONCENTRAÇÃO
O número de operadora de planos de saúde nunca foi tão pequeno desde 1998. Isso se deve às normas por lei da ANS, gerando uma grande concentração de usuários em poucas operadoras.
SOLUÇÃO NO SETOR PRIVADO
Enquanto o Ministério da Saúde trabalha para buscar possíveis soluções na saúde, muitas empresas desenvolveram um modelo de negócio inovador.
Trata-se da clínica popular, uma clínica multidisciplinar onde é possível consultar diferentes médicos especialistas, serviços odontológicos e realizar exames.
A Docctor Med se tornou o principal expoente da área, abrindo mais de 30 unidades em menos de dois anos de trabalho.
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