📍 Encontre a unidade mais próxima

Síndrome do Ovário Policístico: causas e sintomas
Voltar

Síndrome do Ovário Policístico: causas e sintomas

21 de setembro de 2017

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma doença que atinge pelo menos 20% das mulheres no Brasil, de acordo com dados da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP).
Esta síndrome modifica os níveis de hormônios masculinos e femininos no organismo da mulher, levando à formação de cistos que alteram a estrutura dos ovários. A formação de cistos é normal durante o ciclo menstrual, mas estes desaparecem quando ocorre a menstruação. Nas mulheres portadoras de SOP, estes cistos não são absorvidos pelo organismo, aumentando de tamanho e acumulando líquidos em seu interior.

Causas da Síndrome do Ovário Policístico
Não existe uma causa estabelecida para a doença: estima-se que fatores genéticos criem uma resistência à atuação da insulina no organismo, aumentando a taxa de hormônios andrógenos no sangue.
A presença de hormônios masculinos na mulher é absolutamente normal, e sua função é aumentar a libido feminina. Com a Síndrome dos Ovários Policísticos, existe um excesso na produção destes hormônios, provocando diversas alterações no organismo, interferindo até mesmo na fertilidade.
Sintomas
Quem tem SOP possui menstruação irregular e abundante, cólicas excessivamente dolorosas, hirsutismo – o surgimento de pelos no buço e no queixo, baixo ventre e nos seios-, além de desenvolvimento de diabetes, obesidade, acne, aumento da oleosidade na pele e aparecimento de espinhas, queda de cabelo e manchas na pele, principalmente na região das axilas e da nuca, além de depressão e ansiedade. Também são comuns a presença de barriga aumentada, surgimento de características masculinas relacionadas ao excesso de hormônios andrógenos e espessamento da pele.
Diagnóstico
O diagnóstico não é tão simples e envolve uma série de exames para detectar com precisão a presença desta síndrome. Por isso, é muito comum que a paciente passe a vida inteira buscando médicos que possam lhe oferecer o tratamento adequado.
É bem comum que se faça uma ultrassonografia pélvica, mas este exame sozinho não é eficaz para o diagnóstico. Exames de sangue que verifiquem a presença de distúrbios na tireóide e hipófise, assim como os niveis de hormonios masculinos e femininos, são fundamentais para um diagnóstico eficaz.
Tratamento

Tratar a Síndrome do Ovário Policístico envolve uma série de fatores: a idade da mulher, seu quadro clínico, as complicações decorrentes da doença e até mesmo os sintomas que ela apresenta e qual o objetivo da paciente em relação a seu tratamento, principalmente se ela deseja engravidar ou evitar uma gestação.
Médico e paciente devem decidir juntos qual o melhor tratamento levando em conta o sintoma que mais a incomoda naquela fase de sua vida. A Síndrome do Ovário Policístico é crônica e, por isso, os tratamentos visam controlar os sintomas. A doença, em si, não tem cura e exige acompanhamento constante. Os tratamentos mais comuns considerando todos estes fatores são:
● Indutores de ovulação: caso a paciente deseje engravidar, a ovulação – que é irregular e muito espaçada nas pacientes portadoras de SOP – é estimulada através de medicamentos para aumentar a fertilidade.
● Anticoncepcionais: não havendo o desejo de engravidar, os anticoncepcionais são os medicamentos que mais controlam os sintomas da SOP, por auxiliar no equilíbrio hormonal da mulher. Existem, inclusive, pílulas específicas para controlar o excesso de hormônios masculinos no organismo. Assim, a menstruação irregular e espaçada, abundância no sangramento menstrual, acne, espinhas costumam diminuir com o uso de anticoncepcionais, bem como o surgimento dos cistos que dão nome à doença. É preciso discutir com o médico alternativas a este tipo de
tratamento quando a mulher não pode usar anticoncepcionais.
● Medicamentos contra a diabete: como a portadora de SOP tem um organismo que resiste à atuação da insulina, ela pode desenvolver diabetes. Remédios que combatam esta doença colateral também ajudam no equilíbrio hormonal e no bem- estar da paciente.
● Atividades físicas e dietas específicas: a obesidade em pacientes com SOP é um ciclo vicioso: a doença facilita o surgimento da obesidade e esta piora o quadro de quem tem a síndrome. Por este motivo, a paciente pode se beneficiar de uma dieta mais leve e da prática de atividades físicas.
● Cirurgias: recentemente, técnicas como a videolaparoscopia têm sido empregadas para cauterizar a superfície dos ovários e restaurar a ovulação e as funções hormonais, quando os tratamento com medicamentos não são suficientes para combater os sintomas e complicações da doença.
É importante lembrar que a Síndrome do Ovário Policístico acompanha a mulher durante toda sua vida reprodutiva e pode até mesmo piorar na menopausa, quando a queda na produção dos hormônios femininos pode eventualmente levar a uma piora nos sintomas. É preciso acompanhamento constante pois a doença varia em intensidade e em sintomas de acordo com a fase da vida da mulher.
Procurar um profissional médico que realize o diagnóstico adequado e prescrever o melhor tratamento, combinado com outros cuidados como atividades físicas e mudanças na alimentação, é fundamental para que a portadora de SOP tenha uma vida saudável e normal.

A Docctor Med cuida da saúde da mulher, oferecemos consultas e exames de ginecologia. Encontro o Centro Médico Docctor Med mais próximo de você e agende a sua consulta. www.docctormed.com.br