2 de agosto de 2016
Nos últimos anos o mercado de saúde tem assistido profundas e fundamentais mudanças em nosso país. Antes polarizado entre os precários serviços públicos e os caros planos de saúde, esse mercado assistiu o surgimento de inovações e surpreendentes transformações mercadológicas. Uma dessas inovações mais surpreendente foi a estruturação das chamadas “clínicas médicas populares”.
Num país com 192 milhões de pessoas, simplesmente mais de 120 milhões de brasileiros não tinham nenhum tipo de assistência médica.
Nesse universo de oportunidades mercadológicas pode-se perceber que muita gente não queria utilizar os serviços do SUS e que estavam dispostas a pagar valores superiores aos pagos pelo SUS aos seus prestadores de serviços médicos. Dessa profusão de alternativas e interesses surgiram as chamadas clínicas médicas populares que atendiam (e atendem) exatamente essa parcela da população brasileira que não quer ser usuário do SUS nem tem disponibilidade financeira para pagar por serviços médicos particulares.
A partir do ano de 1996 as clínicas populares surgiram em vários cantos do Brasil, – com ênfase maior nas periferias das grandes cidades -, e logo se tornaram grande sucesso no mercado de saúde nacional.
As pessoas (clientes/usuários) que procuravam os postos de atendimento do SUS para marcar consultas ou exames, recebiam a triste notícia que esses atendimentos e exames seriam agendados para três, quatro ou até seis meses – Quiçá não há mais tempo! Diante desses fatos lamentáveis e corriqueiros e por se tratar de saúde, muitas pessoas passaram a procurar as clínicas médicas populares. Nesses estabelecimentos essas pessoas eram atendidas no mesmo dia e faziam os seus exames clínicos, pagando por esses valores bem menores que os comumente cobrados em nosso país por serviços médicos particulares.
Esses valores de serviços médicos, – por serem pequenos e teoricamente baratos -, passaram a ser chamados de “preços populares”. Diante disso, as clínicas médicas populares se tornaram sucesso nacional e passaram a concorrer com as demais empresas médicas que cobravam o que se conhecia historicamente como “os caros serviços médicos particulares” do Brasil.
Enquanto uma consulta médica particular custava 1/3 do salário mínimo, essa mesma consulta custava nas clínicas populares menos de 10% do salário mínimo. Isso, obviamente, gerou uma debandada geral da clientela das clínicas particulares e um estupendo aumento de clientes de clínicas médicas ditas populares.
Porém, houve o outro lado da moeda. Isso porque muitas empresas ditas como clínicas médicas populares não se atentaram para a necessidade de manterem a qualidade do padrão de atendimento similar ao serviço particular. E, além disso, muitas dessas empresas copiaram e implantaram em suas estruturas o péssimo modelo de atendimento do SUS.
Mas o mercado é dinâmico e altamente atuante em todo o mundo. Em pouco tempo, – isso, a partir do ano de 2002 -, as clínicas médicas populares se reestruturaram e por fim se destacaram no mercado de saúde privada do Brasil. Hoje existem clínicas médicas dessa categoria em muitas cidades brasileiras e muitas dessas empresas têm enorme clientela e geram receitas financeiras bastante expressivas.
Além disso, muitos médicos que antes investiam valores altos custos na implantação de consultório próprio perceberam que atender em clínicas médicas populares era e é um excelente negócio.
É importante salientar que os serviços de saúde também precisam ser estratégicos para obter sucesso, sendo necessário um planejamento dos negócios para garantir a estabilidade da clínica no mercado e gerar lucro.
Confira as vantagens de uma clínica popular:
Diante desses dados, as clínicas médicas populares são um sucessos em todo o Brasil e grandes coadjuvantes dos serviços públicos de saúde do nosso país, uma vez que essas empresas atendem mais de 40% das pessoas que vão buscar serviços médicos no SUS e não foram ali atendidas. No caso específico das clínicas odontológicas populares o sucesso é ainda mais revelador, uma vez que anteriormente os serviços odontológicos no Brasil eram entendidos como caros e só cobriam 6% da nossa população.
Hoje, com a entrada das clínicas médicas populares de qualidade nesse segmento e as adequações a nova realidade econômica do nosso país, a quantidade de brasileiros que procuram esses serviços aumentou mais de 300% nos últimos cinco anos.
A conclusão que se tem por ora é que o modelo de clínicas populares veio para ficar no Brasil. Afinal, num país de tantos doentes e de endêmica pobreza da nossa população, um modelo alternativo de acesso a saúde, por certo tem grandes possibilidades de sucesso.
Em suma, os serviços médicos populares no Brasil são excelentes oportunidades de negócios e ainda são poucos explorados. Portanto, montar uma clínica de serviços médicos populares tornou-se uma ótima alternativa com grandes possibilidades de se obter sucesso e principalmente, expressivos lucros.
Saiba mais em: